CATETER-BALÃO NA TROMBECTOMIA MECÂNICA: USAR OU NÃO USAR?

DIEGO BANDEIRA – Neurorradiologista Intervencionista – Hospital Geral de Fortaleza

A necessidade do uso do Cateter Guia Balão (CGB) na trombectomia mecânica para o acidente vascular cerebral isquêmico têm sido motivo de debate. A pratica clinica e as evidências científicas tem demonstrado o seu papel fundamental para obtermos bons resultados procedurais e clínicos.
As evidências científicas demonstram que o seu uso esta associado a:
– Menor tempo de procedimento
– Maiores taxas de recanalização TICI 2b/3 e TICI 2c/3
– Maiores taxas de recanalização em primeira passagem
Como melhores taxas de recanalização bem-sucedida (TICI 2b-3) estão associadas a melhores desfechos clínicos e tendo sido demonstrado que a recanalização completa (TICI 2c e 3) se traduz em desfecho clinico melhor que a recanalização TICI 2b, os melhores resultados procedurais da utilização do balão se traduzem em:
– Menor mortalidade
– Melhor desfecho clinico funcional em 90 dias
– Menores escores de NIHS na alta
Além disso, o balão pode ser utilizado como ancoragem proximal para transpor desafios técnicos anatômicos como tortuosidade dos vasos e arco aórtico desfavorável e evitando push-back do sistema. Pode ser também utilizado para trombectomia por aspiração remota.

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