CASO DA SEMANA SBNR – 09 de dezembro de 2021

Autores:

Rangel de Sousa Costa
Orientação: Gabriela de Almeida Lima e Nina Ventura

Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer- Rio de Janeiro

 

Sexo feminino, 24 anos, relato de crises convulsivas há 8 anos, com piora recente.
Em uso de antivonvulsivantes. Sem déficits neurológicos


Descrição das imagens

T2 axial (A) e coronal (B) mostrando lesão mal definida, intraxial, córitco-subcortical na transição parieto-occipital esquerda, com pequeno cistos periféricos (setas amarelas). A lesão tem sinal prediminante isointenso em T1 (C) e não apresenta sinais de hemorragia ou calcificações (D), tendo impregnação intensa pelo constraste (E e F), associada a espessamento meníngeo adjacente (setas amarelas em E), sem restrição à difusão (G e H) e com aparente aumento perfusional, mas sobretudo na áreas de espessamento meníngeo (I).

XANTOASTOCITOMA PLEOMÓRFICO

  • Descrição original em 1979;
  • Originado de astrócitos corticais. WHO grau 2, podendo ser anaplásico (grau 3)
  • Frequentemente relacionado a epilepsia de longa data;
  • Crianças e adultos jovens, geralmente <18 anos;
  • < 1% de todos os astrocitomas;
  • Geralmente supratentorial (98%);
  • Lesão periférica e hemisférica (Temporal > parietal > frontal> occipital)

Achados de imagem:

  • Geralmente lesão sólido cística;

-Acometimento cortical e leptomeníngeo, às vezes com cauda dural; Pode apresentar calcificações;

  • Intenso realce pós contraste
  • Pode ter restrição à difusão.

-Diferencial: ganglioglioma, astrocitoma pilocítico, DNET.

  • Tratamento cirúrgico de escolha; Sobrevida de 90% em 5 anos

Leitura recomendada:

  • Kepes, J. J. Pleomorphic xanthoastrocytoma: the birth of a diagnosis and a concept. Brain pathology (Zurich, Switzerland) 3, 269–274 (1993).
  • Giannini, C. et al. Pleomorphic xanthoastrocytoma: what do we really know about it? Cancer 85, 2033–2045 (1999).
  • Goncalves, V. T., Reis, F., Queiroz Lde, S. & Franca, M. Jr. Pleomorphic xanthoastrocytoma: magnetic resonance imaging findings in a series of cases with histopathological confirmation. Arquivos de neuro-psiquiatria 71, 35–39 (2013)
  • Moore, W. et al. Pleomorphic xanthoastrocytoma of childhood: MR imaging and diffusion MR imaging features. AJNR. American journal of neuroradiology 35, 2192–2196 (2014).
  • Crespo-Rodriguez, A. M., Smirniotopoulos, J. G. & Rushing, E. J. MR and CT imaging of 24 pleomorphic xanthoastrocytomas (PXA) and a review of the literature. Neuroradiology 49, 307–315 (2007).

Uma prévia do próximo caso:

Fechar Menu